Marcel Morosini, atleta Swimex Pro no mundial de IRONMAN

Faltam poucas semanas para o IRONMAN World Championship 2019, em Kona – Hawaii, prova que reúne os maiores atletas do triathlon mundial (entre profissionais e amadores).

Nesse ano, a Swimex estará lá com o atleta Marcel Morosini, da Manocchio Team. Exemplo de dedicação e empenho, Marcel se classificou para o mundial com o resultado alcançado no IRONMAN Texas, onde conquistou o 2º lugar da categoria e 7º geral entre os amadores.

Confira a entrevista:

Idade/profissão

32 anos (19/08/86) – Engenheiro Mecânico

Quando e como começou no triathlon?

Comecei a corrida de rua em meados de 2008. Fui pegando gosto pela corrida e melhorando aos poucos, tudo por conta própria mesmo. Em 2014, tive que fazer um cirurgia no tornozelo direito para reconstrução de um ligamento rompido após vários entorses por conta do futebol semanal com a turma da empresa. Como parte da reabilitação, comecei a nadar. Como sempre usei a bike como meio de transporte, pensei que poderia juntar tudo e arriscar no triathlon.

Fiz meu primeiro triathlon olímpico ainda em 2008, com a minha mountain bike do dia-a-dia, só para ver qual era esse esquema de nadapedalacorre. Fui lá, fiz, gostei e procurei me informar melhor sobre o assunto. Foi então que, em janeiro de 2015, comprei minha primeira bike, a mesma que uso até hoje, e me matriculei na Manocchio Triathlon Team. No começo confesso que fiquei um pouco assustado com a planilha cheia de treinos de todas as modalidades e pensava que era impossível cumprir tudo aquilo. Mas com o tempo fui percebendo que na realidade o triathlon é um estilo de vida, e quando percebi, já estava gabaritando a planilha, como costumo brincar com os parceiros de treino.

Com o tempo fui percebendo que na realidade o triathlon é um estilo de vida, e quando percebi, já estava gabaritando a planilha, como costumo brincar com os parceiros de treino.

Distância favorita

Ironman Full (3.8Km de natação + 180Km de ciclismo + 42.2Km de corrida), pela grandiosidade do desafio e porque nessa distância consigo ir além do que meu corpo consegue aguentar. Só de pensar em correr uma maratona depois de pedalar 180km é insano!

Modalidade favorita

Ciclismo

Tipo de treino que mais gosta

Natação: Séries de 100m no limiar
Ciclismo: 180km com séries de race pace
Corrida: os regenerativos de segunda-feira (rs)

Qual prova conseguiu vaga para o mundial?

Me classifiquei no Ironman Texas em Abril deste ano, fechando a prova para 9h06, 2º lugar na minha categoria e 7º geral.

Quantas vezes já participou do mundial e o que o motiva a fazer a prova novamente?

Participei do IRONMAN em Kona (Havaí) em 2016, após me classificar na minha estreia na distância, em Floripa, no mesmo ano. Nesta primeira vez era tudo novidade pra mim, então fui bastante cauteloso e com o intuito de curtir e aproveitar ao máximo a vibe da prova em Kona.

Participei do IRONMAN em Kona (Havaí) em 2016, após me classificar na minha estreia na distância, em Floripa, no mesmo ano.

3 anos após essa experiência, tenho um pouco mais de bagagem no triathlon. Desde meu início em 2015, nunca parei de treinar. Acredito que a disciplina e a consistência dos treinos são fundamentais nesse esporte e, por isso, venho evoluindo continuamente. Minha motivação continua a mesma: sempre dar o meu melhor, terminar a prova sabendo que eu não conseguiria ir nem 1 segundo mais rápido. Mas agora a meta é ousada: fazer força do início ao fim, buscar o melhor tempo e estar entre os melhores brasileiros no campeonato mundial.

Como está a rotina de treinos e quais as suas expectativas para o grande dia?

Minha rotina de treinos é bem regrada, para conseguir conciliar tudo com trabalho, família e amigos. Em linhas gerais, todos os dias da semana acordo às 5 da manhã, trabalho das 8h30 às 18h30. Segunda e quarta, natação às 6 da matina, seguida de corrida. Terça e quinta, pedal cedo. Quinta à noite é a vez da natação no corujão, às 20h30. Sexta, corrida na hora do almoço e natação no fim da tarde. Sábado, longo de pedal de manhã, geralmente com uma transição de corrida, e depois aquele almo-janta à tarde. Domingo é dia de longo de corrida e uma natação, se der tempo, para dar uma aliviada nas pernas. Entre tudo isso tento encaixar umas sessões de fortalecimento e alongamento, algo que vou focar bastante neste ciclo para Kona.

A expectativa é de que o dia D seja apenas o reflexo de todo o esforço e dedicação dos últimos meses. Que este ciclo de treinos específicos seja concluído com sucesso e sem lesões. Se isso acontecer, é só deixar o dia da prova fluir e aproveitar o show.