Juliano Wisnievski e sua participação no Sesc Triathlon Caiobá

Juliano Wisnievski e sua participação no Sesc Triathlon Caiobá

Depois de três meses relatando sua rotina de treinos na revista Top View, chegou a hora de Juliano Wisnievski encarar o desafio do Sesc Triathlon Caiobá. A prova, que aconteceu no dia 24 de março de 2019, é considerada a mais tradicional da modalidade no Brasil. Para se ter uma ideia, essa 31ª edição reuniu, além de alguns dos melhores triatletas do país, mais de 1.300 atletas que nadaram, pedalaram e correram em busca dos mais variados objetivos.

Confira como foi o dia da prova

Às 5 horas, eu estava pronto. Pedalei até a transição, escolhi um bom lugar para colocar a bike no cavalete e fui para a praia aquecer. Minha largada era às 7h20. Deu tempo de a minha família chegar na areia e me desejar boa sorte. Meu filho, Vicente, estava mais ansioso do que todos. Chamei-o para correr comigo e ele disse: “Pai, você vai perder a largada!”. Entendi que era melhor eu curtir o momento com eles, já tinha aquecido o suficiente… risos.

Pouco depois, escutei o locutor falar: “Sai o primeiro atleta da água”. Ele fez a prova em 11min20s. Era para ser, no máximo, 10 minutos pelo padrão dos primeiros colocados. Eu já sabia, a correnteza estava forte. Fui para largada e nadei consciente: não me arrisquei muito e evitei trombar nos outros atletas. Analisando depois, parecia que eu estava me poupando. Resumindo, não fiz um bom tempo de natação. Meu objetivo era fazer em 14 minutos. Fechei em 17 minutos. Ou seja, sai do mar com um saldo negativo de 3 minutos para a bike.

Entrei focado na transição (T1): coloquei o óculos, o capacete, peguei a bike e sai pro pedal em 1min30s. Vesti a sapatilha pedalando, no exato lugar em que treinei no sábado, executando a tarefa com sucesso. Pedalei forte e sozinho no começo, até me juntar a um pelote, que é um grupo de ciclistas que vai se revezando na puxada e aproveitando o vácuo (pedalar em grupo economiza até 30% da energia). A média de velocidade final foi de 35 km/h. Assim, baixei o tempo em 2 minutos, fechando a prova em 35 minutos (trecho total de 20 km).

Desmontei da bike e já no T2, a coloquei no cavalete, tirei o capacete, coloquei o tênis com o cadarço elástico sem precisar amarrar, peguei a cinta com o numeral, um gel de carboidrato e sai correndo. Isso tudo durou 55 segundos. Já nos primeiros metros, vesti a cinta e tomei o gel. Com a respiração ofegante, engasguei e tossi pelos próximos 100 metros. Passado o sufoco, me concentrei no pace, que é meu tempo em minutos por quilômetros percorrido. O foco era 4min30s por 4 km e dar um sprint no último, para fechar em 22 minutos os 5 km. Próximo ao retorno, lá pelo quilômetro 2, meu pace caiu para 4min40s. Tentei recuperar, mas só consegui baixar no último quilômetro. A corrida saiu em 22min45s, pace de 4min33s. Não foi o que eu queria, mas melhorei e consegui sair da casa dos 23 min.

Conclusão do Sesc Triathlon Caiobá 2019: tempo de prova – 1h17 ; colocação – 18° na categoria. Não cumpri a meta estipulada, que era de completar tudo em 75 minutos. Claro que fiquei chateado, mas ao mesmo tempo senti a minha evolução nas modalidades. Afinal, baixei em 4 minutos o tempo comparado ao ano passado. A meta era agressiva e faltaram 2 minutos para chegar ao meu objetivo. A correnteza prejudicou o tempo, não só meu, mas o de todos os competidores. Essa teoria foi confirmada ao longo da última semana, na Swimex, pela minha coach Gisele Bertucci, que levou o troféu de segunda colocada na categoria Elite.

Passados os quatro meses de dedicação, a ideia agora é manter o ritmo de treinos e não perder toda essa evolução que adquiri. E que venham outros desafios! Sei que agora estou pronto para encará-los.